1. INSTRUÇÃO NAS PROVÍNCIAS: INTELECTUAIS, ESCOLARIZAÇÃO E PRÁTICAS DOCENTES
Claudia Engler Cury
Doutora em Educação - UFPB
Mauricéia Ananias
Doutora em Educação –
UFPB
Este Eixo Temático tem
como proposta discutir temas relacionados à educação e à instrução nas
províncias e na corte imperial nos oitocentos considerando: a historiografia;
as possibilidades de fontes documentais e os aspectos que permitam pensar as
perspectivas e desafios para a pesquisa em história da educação no período.
2. PODER, POLÍTICA E CONSTRUÇÃO DO ESTADO
NACIONAL
Paulo Henrique Fontes Cadena
Doutorando em História -
UFPE
Esse simpósio está direcionado para a
temática das instituições, agentes, práticas e processos políticos no Brasil do
oitocentos, abrangendo clássicas e novas temáticas e abordagens da história
política. Entre essas temáticas estão a do Estado nacional, partidos, elites,
conflitos pelo poder, representações simbólicas, trajetórias de vida e luta
pela cidadania, entre outras. Contempla ainda o diálogo da história com as
demais ciências humanas e procura compreender o campo da política para além das
fronteiras restritas do Estado e em suas dimensões e interseções também
econômicas, sociais e culturais.
3. IMPRENSA, IMPRESSOS E PRÁTICAS DE LEITURAS
Flavio José Gomes Cabral
Doutor em História -
UNICAP
Tiago da Silva César
Doutor em História- UNICAP
Tiago da Silva César
Doutor em História- UNICAP
Este eixo temático tem
por objetivo estabelecer uma discussão acerca da produção, circulação e usos da
palavra impressa no Brasil do século XIX. Trata-se de um período rico e
diversificado abrangendo desde folhetos até romances passando pelo nascimento e
desenvolvimento da Imprensa brasileira, onde se multiplicaram tipografias,
técnicas de impressão e acabamento, e livreiros. Diversas foram as situações em
que a palavra impressa foi utilizada como instrumento de ação social: no
processo de Independência, nos embates partidários, nas revoltas populares e de
escravos, na difusão de valores culturais importados e/ou nacionais, na
educação, na abolição da escravidão, nas relações de gênero, na sátira do
cotidiano urbano etc., Esta diversidade também guarda sua complexidade no que
diz respeito à circulação e apropriação do texto impresso por parte dos atores
sociais. Historiadores como Roger Chartier e Robert Darnton veem chamando a
atenção para o papel desempenhado pelo leitor no processo de produção e difusão
da palavra impressa e, consequentemente, das ideias no mundo Ocidental.
Trata-se, portanto, de um debate em aberto para o qual vem contribuir este
simpósio.
4. ESCRAVIDÃO, TRABALHO LIVRE E POBREZA
Maciel Henrique Silva
Doutor em História
Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia em Pernambuco - IFPE
A escravidão no Brasil
perdurou por séculos, marcando a cultura brasileira, e tornando-se um dos
principais temas historiográficos. Pesquisadores brasileiros e brasilianistas
dirigiram seu olhar para diversos aspectos da história da escravidão no Brasil.
A proposta deste simpósio é reunir estudos que discutam o escravismo brasileiro
sob perspectivas amplas: trabalho cotidiano, resistências, leis e costumes,
relações sociais de trabalho, memórias da escravidão, trabalho de libertos e de
livres pobres (autonomia, precariedade), abolição e pós-abolição, tráfico legal
e ilegal em conexões atlânticas e regionais. Espera-se discutir os problemas
como os seguintes: racismo e cidadania nos anos finais do século XIX e iniciais
do século XX; memórias da escravidão e das lutas sociais operárias; conflitos
raciais e de classe que perpassam o marco de 1888; dimensões legais e
costumeiras da organização do trabalho livre no Brasil oitocentista; trânsitos
culturais entre africanos e não-africanos; a condição escrava e senhorial sob a
dimensão de gênero, de raça e de classe (mulheres africanas escravizadas e
livres, crioulas escravas e livres, senhoras e senhores, sexualidade); relações
entre espaço e trabalho (cidades, campos, sítios, portos etc.); literatura
produzida na e sobre a escravidão. Considerando a importância de diversas
abordagens historiográficas e seu avanço nos anos mais recentes, é interessante
construir um olhar transdisciplinar entre História, Antropologia, Geografia,
Sociologia, Estudos de Gênero, Literatura e Direito. O simpósio, neste sentido,
abre-se à construção de uma leitura ampla e do diálogo entre “fronteiras”
disciplinares.
5. FESTAS, VIDA COTIDIANA E RELIGIOSIDADE
Élcia de Torres Bandeira
Mestra em História -
UFRPE
Este simpósio temático
abrirá espaço para o intercâmbio de vivências nas áreas de ensino, pesquisa e
extensão que abordem fragmentos da multiculturalidade brasileira expressa nas
festas, no cotidiano e na religiosidade do Brasil Império. Terreno fértil para
análises historiográficas que versem sobre diversidade, mudanças, resistências
e representações culturais, o Império no Brasil se desdobra nos oitocentos agregando
retalhos da colônia com elementos emergentes de uma sociedade que procura se
revestir do novo, do moderno, mantendo uma teia de relações mutantes, adaptada
às novas percepções de mundo. Festividades sacras mesclam-se com expressões
culturais profanas eivadas de contribuições étnicas diversas; a religiosidade
se apresenta como elo entre práticas cotidianas e crenças no invisível marcadas
por simbologias próprias da ebulição cultural subjacente às formas de
apropriação que se desenvolvem no espaço brasileiro entre 1822 e 1889. O
cotidiano e suas malhas articuladoras de expressões de diversos segmentos
sociais se torna relevante palco para análises sobre a efervescência cultural
brasileira motivando o diálogo e a permuta de conhecimentos que este simpósio
temático possibilitará.
6. ESPAÇO, TERRITORIALIDADES E FRONTEIRAS
Cristiano Luís
Christillino
Doutor em História -
UEPB
Suzana Cavani Rosas
Doutora em História – UFPE
Suzana Cavani Rosas
Este eixo temático tem
por objetivo discutir as questões relacionadas às interfaces da história social
com a história política, agrária e ambiental no Brasil, no século XIX, nos mais
diversos recortes regionais. A organização, e apropriação, do espaço no século
XIX e o seu impacto sobre os grupos sociais articulados em torno da sua
exploração. As políticas de estado voltadas à questão da territorialidade. A
utilização do território pelos indivíduos, envolvendo as práticas sociais,
ambientais e políticas. As pesquisas em torno da fronteira interna, englobando
discussões sobre as questões fundiárias, as terras indígenas e “comunais”, e as
relações de poder nas áreas de expansão. O Eixo Temático Espaço,
Territorialidades e Fronteiras também tem por objetivo o debate em torno das
questões relacionadas à consolidação das fronteiras do Império, e as disputas
em torno da afirmação política do Estado Imperial sobre os seus limites
territoriais.